quarta-feira, 16 de abril de 2014

Desajeitados Amantes Yankees, Antes Nobres Eunucos

Quero falar de alguém
A qual um longo cabelo ela tem
Dona de um sorriso em que toda beleza se mostra
E meu coração, a ela, se prostra

Insanidade é acreditar nessas coisas
Da fruta mais tentadora
Pensamentos meus, dos mais simples
Se entregam
À esta tal monopolizadora

Corra!

Não consigo.
Anjo relusente
De brilho encantador
Coloriu de vida
Minha fria e abstrata paleta de cor

Quando fecho os meus olhos
Tu és a primeira coisa que vejo
A segunda, terceira e quarta
Já pela quinta, peço para que não parta

Zumba, zumba meu coração pulsante
Ao ritmo de uma incontrolável emoção vibrante.
De restante,
Só há mais um instante...

Distante.

Pois mortal é
Velejar sobre sua maré
Explorar suas curvas ingrimes
Cidadão, aí tem crime

Chame a polícia!
Temos um caso judicial Yankee
Só não atire
de mim
Oh, querida DDTank

Deve haver tempo para correr
Passo pelo radar a mais de quarenta
Deveriam me multar
Por gostar da garota com mais de 1 e 80

Zumba, zumba. Pare!
É Importante
Esse ritmo incontrolável e vibrante, é repugnante
De restante,
Só há mais um instante...

Miliante!

Policial, peço perdão
Cometi um crime em Conceição
De consequências as quais não advinha
Me ecantei por uma coelhinha

Mas ele me ignora
Não sai da viatura.
Tudo não parece ter conexão
Diga-me, por favor
Que horas são?

Em vão.

Pra quê a pressa, ele perguntou
Fugindo dela, sinhô
Seja mais ligeiro
Hoje mesmo roubaram a namorada de um lolzeiro

Prenda-me, policial
Gostar dela às vezes me faz mal
Estou dopado de alguém que não deveria
Largado numa estrada de única via

Mia!

Aparentemente
Todas as informações procedem
Será que falas sobre ela...
Da-da que todos conhecem?

Até você, oficial?

Rapaz, não me leve a mal.
Para o teu problema, eu não me alinho
Portanto, segue teu caminho
Ou melhor, volta pro lolzinho.

Há uma quizumba em algum orgão pulsante
Maldita emoção vibrante.
De restante,
Me resta ficar ofegante...
Ele se foi, sem olhar para trás
Indo rápido demais, aliás
No horizonte enxergo uma silhueta
Multidão aos gritos e trompetas

Treta.

Perguntam: E a Dada?
Agora eu perdi o controle da situação
Devem ser moradores de Conceição
Buscando Satisfação.

Só pode ser um sonho
Ou talvez pesadelo
Posso voltar ao tempo que
o que me encantava era só o cabelo?

Cercado, constatei
O que fiz é grave
Mas alguém na multidão me fez admirar
Até o irmão dela estava ali pra me quebrar

Ser eunuco nunca me fez tanta falta
Todos aqui parecem odiar gente falsa

Uma voz ao fundo gritou
Já deu o papo?
Respondi
Tá o aço,
até agora, só abraço.

Ao meu lado, resplandece um brilho
Isso me parece tão clichê
Esse perfume e cheiro
Com certeza é você.

Ela aparece
Usando o mesmo encanto que me adoeceu
Sua reação eu não poderia suspeitar
Sua mão nem ao menos consegui beijar

Chibatas, correntes
Olhos Atentos
É tudo assistido e estudado
Isso deve estar sendo televisionado

Trocamos só olhares e sorrisos
Qualquer equívoco e a coisa fica feia
Além do mais, tá tarde
Ela tem que dormir às nove e meia

A vontade é de quebrar a tradição
Ser apenas amigo
Jamais foi minha intenção
para a nossa conclusão

A mina é diferente, é enjoada
Olha ela ali
Se achando descolada
“- Achás bonita?”
“- Não mais do que você”

A multidão, aos poucos, se desfaz.

Talvez tudo tenha sido incompleto
Peças de um quebra-cabeça inacabado
Assim como a história que acabei de contar
A qual somente ela pode continuar.

Do zumba, nada é interessante
Mas meu coração continua pulsante
De uma emoção incessante
e constante
Você.

Nenhum comentário:

Postar um comentário