Gosto do completo desprendimento social que, por vezes, ocorre de jeito implacável e fagulha-me uma vontade quase sexual de somente dizer a verdade, aos montes. Verdades de todos os tipos, mas principalmente aquelas que embaraçam os meus vínculos mais frágeis. Aquelas do tipo que machucam por apenas ser a verdade, pura e sem ornamentos, dita num oportuno momento de distração ou conveniência. Ela vem e não sai, fica ali que só ela, complexando o emocional do indivíduo que a recebe como uma reverberação de um som interminável - o tipo de verdade que gosto de dizer, mas nunca de ouvir, pois sou humano, sou hipócrita, o que é outra verdade.
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