terça-feira, 26 de agosto de 2014

Dama das Dores

Ontem me foi permitido sonhar
Com uma bela dama de hipnotizante olhar.
Em suas mãos, ela portava algo de difícil compreensão
Não lembro se uma arma ou meu próprio coração

Disse para não temer o fim do perfeito
Senti uma dor eletrizante no peito
Ela jogou fora o que segurava após um beijo
Num cruel e descompromissado desfeito

Suas mãos, agora sujas, estenderam-se a mim
Do paraíso no qual estava, ela me mostraria o fim
Belezas também morrem, ela disse
Poderia restaurar o que fora descartado, se ela não me impedisse
Com não's e uma realidade crua
Encontrei minha companheira amargura.
Excomungado do sonho,
O que sobrou foram lembranças,
de um amor agora desmembrado da esperança.

Foi bom estar perdido na perfeição
Comparado à esta atual desolação.
De que serve o adeus,
se ela é ignorante ao que digo?
Do oxigênio que usa,
ela não tá afim de dividir comigo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário