domingo, 14 de setembro de 2014

Numa Sexta-feira

Nas molhadas ruas dessa sexta, o frio traz à tona incógnitas rotineiras. Penso estar em conflito com o ambiente que me cerca. Por algum motivo, os homens parecem mais românticos, as mulheres mais radiantes, as crianças mais protegidas, os idosos mais esperançosos e o sol, que em cisma de timidez viveu o hoje, mais conveniente. Um balanço de entusiasmo e nostalgia preenche a minha mente, porém não sei no que meus olhos refletem, acredito estarem tão confusos quanto eu.

Desisti de imediato fazer qualquer ligação lógica com as condições meteorológicas e o humor ambiental vigente: Uma mãe acaba de abrir mão de seu guarda-chuva para proteger o filho da tempestade - O amor em tempos frios. Perseguindo os meus caminhos, penso no que mais é necessário para viver um sonho e, mesmo com o dia que me rodeia sendo tão convidativo, admito que quero estar aqui e ao mesmo tempo não.

Ao sair do trem, me espantei com a insignificante diferença de temperatura entre o vagão e a rua. Isto me preocupa. Estou para chegar em casa mais cedo, poderei pôr em descanso o meu corpo. Quero pensar nas coisas boas que me esperam - Talvez seja este o entusiasmo e a casa, nostalgia.

Homem carrega uma flor, mulher bem consigo, uma criança com um guarda-chuva, idoso sorrir e um dia frio e chuvoso termina em brilho solar. Tudo parece bem, estou no caminho certo. Isso é o que meus olhos refletem.

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