Beira de estrada. Num mercado ao longo, um homem empacotava suas compras apressadamente. Ele estava eufórico, mal conseguia controlar suas próprias coordenações e como resultado, ao receber seu troco, deixou que uma moeda de dez centavos escapulisse de seus domínios e rolasse calçada abaixo, rumo ao asfalto conturbado. O homem, com um impulso automático, correu atrás da moeda numa dedicação nada recíproca, onde seu pé direito tentava deter a fuga, mas a moeda continuava a rolar e o homem, à estrada, atenção não prestava. Obviamente, em certo momento, ele conseguiu detê-la, conseguiu recuperá-la. E após esse certo momento, ele lembrou-se de suas compras, lembrou-se de sua pressa, mas também, não menos importante do que todo o resto, lembrou-se que estava sob a agitação de uma estrada.
E morreu.
Quanto a moeda, a pressa e as compras, todas passam bem.